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Por que comemoramos o Natal no dia 25 de dezembro?

Olá, pessoas queridas lindas loucas pelo universo natalino! É véspera de Nataaal! 😍 Nesse exato instante, lares ao redor de todo o mundo se preparam para celebrar uma das datas mais aguardadas de todo o ano! 🎄 E, por isso, decidi trazer um post especial aqui para o blog!


Quem me acompanhou lá no Instagram nos últimos meses, já sabe que em novembro deste ano eu entreguei o meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da minha pós-graduação, e ele foi justamente sobre A Louca do Natal ® 🥰. Foram mais de 70 páginas de conteúdo, e uma das coisas que o trabalho abordava logo no início era justamente a resposta à pergunta: por que celebramos o Natal no dia 25 de dezembro?


Por mais que tenhamos um verdadeiro amor por essa data, é bem provável que muitos de vocês não saibam a exata resposta dessa pergunta, não é mesmo? Eu mesma só sabia uma parte dela! E, por isso, decidi transformar essa parte da pesquisa do meu TCC num post aqui para o blog 😍. E aí, preparados para a leitura? Então vamos lá!



 

O Natal


O dia 25 de dezembro é mundialmente conhecido por ser um dos principais feriados do Cristianismo: o Natal ― data na qual celebra-se, simbolicamente, o nascimento de Jesus Cristo. De acordo com uma matéria de 2019 do jornal britânico "Express", dos 193 países reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), apenas 14 não celebram o Natal. E entre os 179 que celebram, em apenas 21 deles não é considerado feriado nacional, como vocês podem ver no mapa da figura abaixo:

Mapa de países que não comemoram o Natal. Fonte da imagem: Jornal britânico "Express".

No mapa acima, vemos em vermelho os países que não celebram o Natal de forma alguma e, em verde, aqueles que, apesar de celebrarem, não é considerado feriado nacional. Todos os demais países do mundo (em cinza) celebram e tem o Natal como feriado. Tais dados revelam, portanto, que o Natal é, sem dúvidas, uma das maiores celebrações mundiais!


 

O nascimento de Jesus


Os relatos históricos sobre o nascimento de Jesus, que deram origem à celebração e à formalização da data, são encontrados na Bíblia cristã. Segundo os evangelhos de Mateus (capítulo 1, versículos 18 a 25 e capítulo 2, versículos 1 a 22) e Lucas (capítulo 1, versículos 26 a 80 e capítulo 2, versículos 1 a 40), Deus enviou o anjo Gabriel a Nazaré, cidade da Galiléia, para revelar a uma jovem virgem prometida em casamento, chamada Maria, que esta ficaria grávida do Espírito Santo e daria luz a Jesus. Segundo o evangelho de João, capítulo 3, versículo 16, Jesus é o filho único de Deus, que veio ao mundo “para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

O presépio ilustra a noite do nascimento de Jesus. Fonte da imagem: Pinterest.

A força da narrativa bíblica, aliada à forte influência que a Igreja (católica e protestante) exerceu na formação da sociedade ocidental e de sua ética judaico-cristã, nos dão pistas para compreender como foi possível que a celebração do nascimento de Jesus tenha vencido o teste do tempo, enquanto outras diversas comemorações não-cristãs iam se perdendo ao longo da história ― como veremos a seguir.


 

O estabelecimento da data


Apesar de atualmente ser um feriado cristão, o dia 25 de dezembro possui um histórico de celebrações que remontam há, pelo menos, 7 mil anos antes do nascimento de Cristo, devido a um motivo crucial para as antigas civilizações do Hemisfério Norte: o solstício de inverno ― data que marca a noite mais longa do ano. Desse dia em diante, o sol passa a ter cada vez mais tempo no céu até chegar ao solstício de verão, quando o fenômeno se inverte. Diante disso, o retorno dos dias mais longos era motivo de celebração para diversos povos da antiguidade, pois tinha influência direta com o resultado das colheitas do ano seguinte.


Por ser uma época ligada ao “retorno” do sol, por volta do século 2 a.C. os romanos a associavam com o nascimento do deus persa Mitra, que representava a luz. Séculos mais tarde, a celebração se tornou o Festival do Sol Invicto, mais conhecido como Saturnália, que durava uma semana e homenageava Saturno, o deus da agricultura, do tempo e das coisas sobrenaturais. De acordo com o calendário juliano, que prevaleceu no império romano e na Europa durante séculos, o solstício de inverno acontecia no dia 25 de dezembro, e não no dia 21, como no calendário gregoriano que seguimos nos dias atuais. Devido a isso, o festival da Saturnália começava no dia 17 de dezembro e se encerrava no dia 25. E é a partir daí que esta celebração romana começa a se misturar com a cristã...


A Saturnália era um feriado romano destinado a dar as boas-vindas ao inverno. Fonte da imagem: BBC.

Em meados do primeiro século, o Cristianismo já havia chegado à Roma e, de forma gradual, começou a moldar a sociedade à medida que se tornava cada vez mais proeminente no império romano. Conforme a antiga religião politeísta perdia força, houve um processo de hibridização entre os ritos cristãos e romanos.


Vale ressaltar que os relatos bíblicos não revelam a data do nascimento de Jesus. Diante disso, em 221 d.C., o historiador cristão Sextus Julius Africanus sugeriu para a Igreja que o aniversário de Jesus fosse celebrado no dia 25 de dezembro, por ser uma data que faria frente às comemorações do solstício de inverno, adaptando o então “renascimento do sol” para uma celebração ao nascimento de Cristo, que veio para trazer luz e salvação para o mundo. A solenidade, no entanto, só foi fixada pelo Papa Júlio I entre 320 e 353 d.C., quando o Cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano. Em 529 d.C., o imperador Justiniano a declarou feriado oficial do Império.


 

Evolução ao longo dos séculos


Além de absorver alguns costumes da Saturnália, como a troca de presentes entre familiares e as refeições suntuosas, as celebrações natalinas iam adquirindo novos ritos conforme missionários cristãos se espalhavam pela Europa durante a Idade Média. Como já mencionado anteriormente, diversos povos da antiguidade possuíam suas próprias celebrações para o solstício de inverno e, à medida que se convertiam ao Cristianismo, incorporavam suas tradições ao Natal.


A nação alemã, por exemplo, foi uma das que deixaram maior legado para a celebração, com suas decorações com azevinho, o uso de velas, calendários do advento, quebra-nozes e um dos principais ícones da data: a árvore de Natal. Segundo a matéria de 2016 da revista “Super Interessante”, a teoria mais aceita diz que a árvore foi uma ideia que Martinho Lutero (responsável pela Reforma Protestante em 1517) teve após passear durante uma noite de inverno e observar o brilho das estrelas no topo das florestas de pinheiro. Lutero teria, então, levado uma das árvores até sua casa e a decorado com velas, para ilustrar à sua família como havia sido o céu na noite do nascimento de Jesus.


Pintura que ilustra Lutero e sua família ao redor da árvore de Natal. Fonte da imagem: Google.

Ao longo dos séculos, novas tradições foram sendo incorporadas às celebrações natalinas, até chegar nos moldes que conhecemos hoje 😊.


 

E aí, gostaram de aprender um pouco mais da história por trás do Natal? Se quiserem que eu traga outros posts como esse no futuro, contando um pouco mais sobre cada tradição natalina, não deixem de me avisar aqui nos comentários do blog ou lá no direct do Instagram também 😉.


E antes de me despedir, gostaria de desejar a todos vocês um Feliz Natal, repleto de alegria, saúde, gratidão e muito amor! 🥰🎄


Um super beijo e até o próximo post!

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